Tenho várias histórias pra contar dessa edição especial da Libertadores, mas essa foi a primeira que quis registrar. Pode ser tudo loucura da minha cabeça, mas quero cravar que o Palmeiras foi bicampeão da América por causa de sete velas.
23 de outubro de 2020. Tudo começou neste dia. Estava em home office e fiz questão de fazer meu horário de almoço às12h30, hora do sorteio da fase eliminatória da Libertadores. Revelaram-se os confrontos, simplesmente não acreditava, pois parecia possível ser campeão, parecia ser um caminho palpável rumo à glória eterna, parecia que o Palmeiras poderia ir ao Maracanã conquistar o título. Aí começam aquelas superstições bobas de torcedor, “se eu fiz x, y e z o título será real” e aí veio um pensamento na minha cabeça: a cada jogo eliminatório vou acender uma vela e rezar, e se a torcida do Palmeiras fizer uma forte corrente de oração a gente ganha essa edição. É isso!
Não sei quantos palmeirenses rezaram, mas eu cumpri meu papel contra Delfín, Libertad, River e Santos, pois sempre teve uma vela verde acesa nesta casa a fim de iluminar o caminho à glória eterna. Foram sete velas ao todo. Sete orações pedindo que o torneio fosse do Palmeiras. Hoje, ainda digerindo que o Verdão é bicampeão da Libertadores, me pergunto se as vitórias vieram por conta desse ritual. Difícil dizer, mas prefiro acreditar que sim, acreditar que o Senhor é palmeirense e palmeirense também sou, e que as velas tinham a energia que o clube precisava pra vencer e conquistar a América mais uma vez.