Não existem coincidências, existe apenas o inevitável.

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2 min readFeb 3, 2021

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O Palmeiras conquistou pela segunda vez a Taça Libertadores da América, mas engana-se quem pensa que ela começou em 30 de janeiro de 2021. O Palmeiras tem tentado e trabalhado por anos para isso acontecer, foram três anos consecutivos sendo o time com melhor campanha na primeira fase da competição, inclusive esta que sagrou-se campeão. Não foi sorte, não foi coincidência, foi apenas o inevitável.

Quando há planejamento para ganhar títulos uma hora eles vêm, desde que você continue persistindo e acreditando que o projeto dará certo. E muitas vezes para um projeto dar certo ele precisa de alguns ajustes, e o Palmeiras nesta temporada os fez: mudou seu diretor de futebol, fez menos contratações e promoveu mais suas crias da base, e procurou um técnico europeu para assumir o time, algo que não ocorria desde 1940, quando o italiano Caetano de Domenico comandou o Palestra Itália.

O Palmeiras ganhou por sua persistência, pois o palesteino sabe que a dureza do prélio não tarda. E não adianta desmerecer o título dizendo que ganhou porque encontrou adversários fracos, ou se esqueceram da edição de 2017? Fomos eliminados pelo Barcelona de Guaiaquil nos pênaltis. O adversário não era mais fraco que o Palmeiras? Por que não passamos então? Faltou sorte? Não é uma questão de ter sorte ou não, e sim você ter competência para fazer com que sua vitória seja nada mais, nada menos que inevitável.

Arrisco ainda dizer que a vitória contra o Santos talvez só tenha sido tão saborosa porque nos anos anteriores a gente chorou muito. A frustração que cresceu no palmeirense por todos esses anos transformou-se em uma obsessão de ganhar a Libertadores custe o que custar. Por isso hoje a gente celebra tanto, ao mesmo tempo em que nos perguntamos senão é um sonho. Mas é real, pode acreditar! Finalmente conseguimos mostrar a defesa que ninguém passa, nossa linha atacante de raça mesmo sem ter a torcida que canta e vibra perto do campo.

Foi com sofrimento. Foi com luta. Foi com alma. Foi com coração. Foi histórico! Demorou um pouco, mas a América é verde de novo, palmeirense! Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena, já dizia Fernando Pessoa, conterrâneo de Abel Ferreira.

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